quinta-feira, 5 de junho de 2008

ouro preto trip [2sem2007]

[filme: Sem Fôlego. Direção Wayne Wang e Paul Auster]

[filme: Edifício Master. Direção: Eduardo Coutinho]

 

“Não poder orientar-se em uma cidade não significa grande coisa. Mas perder-se em uma cidade como quem se perde em uma floresta requer toda uma educação. Os nomes das ruas devem então falar àquele que se perde a mesma linguagem dos ramos secos que se quebram, e ruelas no coração da cidade devem refletir para ele as horas do dia tão claramente quanto um vale de montanha. Aprendi essa arte tardiamente; ela realizou o sonho dos quais os primeiros vestígios foram labirintos sobre os mata-borrões dos meus cadernos” Walter Benjamin

 

.equipamentos [mochila com]:

-câmera digital [com vídeo – opcional];

-boné ou chapéu;

-garrafa de água;

-filtro solar;

-blusa de frio;

-livro de sua preferência;

-câmera de vídeo [opcional];

-gravador de som [opcional];

-mapa da cidade;

-caderneta + material escrever;

-dinheiro para alimentação;

-presente embrulhado [cada aluno deverá levar 01 presente para a casa do morador a ser dado e deixado no local].

.enunciado:

-percorra o itinerário demarcado no mapa, construa uma[s] história[s]e/ou situações  com as pessoas e conte-a.

.parâmetros:

-ações [o que fazer]: entrar em contato com as pessoas que moram ou passam ao longo do itinerário e produzir histórias desse contato e sua relação com o espaço construído vivido [seja a partir das histórias dos usos de edifícios ou relacionados a intimidade, privacidade, publicidade...]. ao mesmo tempo, tal como colocado em sala de aula onde educar significa agir no mundo como homem sujeito, tal relação deve produzir novas histórias, novos contatos, novas experiências, novas situações. invada o cotidiano da pessoa e faça parte dele por alguns instantes;

-situações [onde]: muros, casas, quartos, ruas e quaisquer outros lugares onde o itinerário passar são os espaços onde se devem dar o contato entre os alunos e os moradores. Não é permitido desviar do traçado da linha de modo a facilitar a transposição dos obstáculos;

-comunicação [como documentar e relatar]: utilizando-se de anotações pessoais, memórias, lembranças, gravador de som, gravador de imagem como celulares e  câmeras fotográficas digitais, vestígios materiais das casas, presentes, entre outros, o grupo deve transmitir a experiência obtida através de narrativas orais, imagéticas ou de qualquer outra natureza.

.esclarecimentos básicos:

-o importante não é a rapidez com que o percurso será terminado, mas o grau de envolvimento e a qualidade de histórias que serão conseguidas quando em contato com os moradores das casas ou transeuntes;

-as histórias podem ser colhidas e produzidas através de conversas com os moradores a partir da casa e das experiências do morador relacionados a casa, a cidade, enfim, a vida espacialmente vivida. ou ainda, a partir dos presentes levados. ou de quaisquer outras maneiras. enfim, tenha sempre em vista que o objetivo do exercício é entrar em contato, produzir uma nova história e não simplesmente recolher as que ele já tenham. para tal, construam situações;

-atenção: até mesmo o erro como a falta de conversa, a teimosia do morador, o silêncio ou .... podem ser grandes ensinamentos a respeito da possibilidade de contato entre você e o morador, localidade ou comunidades. o erro não é um problema, mas apenas um perder-se. caso se perca, ache um novo fio narrativo. seja flexível a situação por você encontrada;

-as histórias, imagens e vídeos colhidas e engenhadas pelo grupo devem ser enviadas para teoriaurbana@gmail.com ;

-o segredo é ouvir atentamente e conversar com o outro. portanto, entrar em contato;

-não seja assertivo com perguntas como: “conte uma história sobre sua casa”, como se estivesse sendo um entrevistador do IBOPE. ao conversar, fique atento com as pequenas minúcias espalhadas pelo lote ou a casa como árvores, brinquedos, arbustos, objetos, fotos, imagens entre outros e utilize-os como recortes para as conversas. não apenas recolha histórias, conte as suas também quando conversar as pessoas;

.critérios:

-qualidade da história;

-educação e respeito para com o morador e transeunte;

-descoberta e construção de histórias relevantes para a vida do morador e do turismõlogo;

-qualidade da situação criada.

.datas:

-um dia

.regras:

-não é permitido desviar do traçado do itinerário de modo a facilitar a transposição dos obstáculos;

.avaliação:

[trabalho será avaliado de acordo com o grau de interação e participação do morador local a partir da história que está sendo contada]

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