segunda-feira, 6 de setembro de 2010
Zonas Intermediárias: [ds] lucas abrantes
Zonas Intermediárias: [ds] lucas abrantes
quarta-feira, 5 de maio de 2010
quinta-feira, 5 de junho de 2008
catas altas trip [1sem2008]
[filme: Paris, Texas. Direção Win Wenders]
[filme: Edifício Master. Direção: Eduardo Coutinho]
[filme: Uma Vida Iluminada. Direção: Liev schreiber]
"Não poder orientar-se em uma cidade não significa grande coisa. Mas perder-se em uma cidade como quem se perde em uma floresta requer toda uma educação. Os nomes das ruas devem então falar àquele que se perde a mesma linguagem dos ramos secos que se quebram, e ruelas no coração da cidade devem refletir para ele as horas do dia tão claramente quanto um vale de montanha. Aprendi essa arte tardiamente; ela realizou o sonho dos quais os primeiros vestígios foram labirintos sobre os mata-borrões dos meus cadernos" Walter Benjamin
.exercício
-proposta cartográfica que envolve os procedimentos de propostas artísticas advindas da land art, dos grupos fluxus e da Internacional Situacionista, envolvendo a experiência no espaço além de incorporar questões vindas de assuntos como colecionismo, reprodutibilidade, artesanato e museografia, amplamente discutidos em sala de aula.
.enunciado
-em 1970, dois anos após a ocupação do museu de artes na Bélgica, Marcel Broodthaers funda em sua casa o Musée dárts Moderne. com tal ato, reloca o lugar de autorização e reafirmação da arte do ambiente museológico para o ambiente doméstico, privado. cinco anos depois, questiona o próprio modo de organização dos objetos e artefatos artísticos do museu ao fazer da "águia" seu objeto de curadoria através de uma discussão do sentido da palavra e do objeto a partir de outros museus e instituições científicas.
em 1970, uma primeira ficção é inaugurada, e 1975, uma segunda dentro da primeira. em 2008, será dada uma continuidade com a inauguração da seção brasileira do Museu de Arte Moderna.
.equipamentos [mochila com]:
-câmera digital [com vídeo – opcional];
-boné ou chapéu;
-garrafa de água;
-filtro solar;
-blusa de frio [em caso de];
-livro de sua preferência;
-câmera de vídeo [opcional];
-gravador de som [opcional];
-mapa da cidade [opcional];
-caderneta + material escrever;
-dinheiro para alimentação;
-fitas adesivas amarelas;
-fita dupla face [por grupo];
-flha A4 adesivo;
-sacos plásticos;
-caixa.
.objetivo
-pensar a atividade cartográfica pelo viés da arte, onde sua principal preocupação é convergir criticamente um olhar distante e um olhar próximo através da interpretação da história/historiador, no caso, o turismólogo. tal cartografia, ou exercício de localização, criticamente feito a partir do que foi discutido em sala de aula, envolve pensar a localização como um problema geográfico de significados culturais, sociais, materiais e políticos.
.onde
-traço no mapa da cidade de catas altas.
.o que buscar
-ao longo da linha traçada no mapa, serão recolhidas peqeunas reminiscêncas das vidas das pessoas a partir de seus restos, seus rastros, seus traços portanto. serão buscadas marcas: materiais recolhidos numa pesquisa empírica feita pelos próprios alunos a partir de uma palavra-chave dada previamente em associação com uma série de pequenas indicações levando em conta a relação afetuosa das pessoas com este.
-a qualidade ou beleza dos materiais será feita levando em conta beleza material do objeto ou da matéria, da história envolvendo o objeto e sua relação com sujeitos coletivos e individuais da cidade.
.onde ir buscar
-casa de moradores com o numero XX no final
-entre as pedras das ruas;
-a 10 metros de onde voce está;
-entre as casas;
-perguntando aos moradores;
-recolhendo pequenas narrações;
.como buscar
-batendo de porta em porta e recolhendo a poeira ou registrando o som ou apenas busncando conversar com o morador;
-raspando a madeira de porta em porta;
-puxando conversas com os moradores;
-colhendo e colocando em sacos plásticos o que está nas ruas, nas casas, nos muros, ou onde mais se achar necessário;
-encaixotado materiais;
-transcrevendo casos em que o próprio narrador é parte dele;
-narrativas e acontecimentos;
.o que expor
-uma coleção. um inventário das vidas das pessoas a partir de seus rastros anônimos deixados no local ou produzidos pelos próprios alunos;
.onde expor
-em uma rua, previamente designada pelo professor, onde será instalado um "musée d'art moderne", "brazilien section", "department des historie d'art".
.o que expor
-colocando no chão, para apreciação pública.
.como expor
-cada objeto deverá ter uma etiqueta constando um nome [a ser inventado], uma explicação do que ele é [se for um caso, conte; se for um material iteressante, diga suas características; se for pessoal, diga o que significa] e data [do recolhimento do material, ou da origem do material].
.esclarecimentos básicos:
-o importante não é a rapidez com que o percurso será terminado, mas o grau de envolvimento e a qualidade dos materiais e da exposição em si que serão conseguidas quando em contato com os moradores das casas ou transeuntes, das conversas, negociações;
-atenção: até mesmo o erro como não conseguir informações ou a falta de vontade de conversa do próprio morador e transeunte podem ser de grande valia. o erro não é um problema, mas apenas um perder-se. caso se perca, ache um novo fio narrativo. seja flexível a situação por você encontrada. a falta de conversa pode ser o próprio material que estavas a buscar;
-o segredo é ouvir atentamente e conversar com o outro. portanto, entrar em contato;
-algumas imagens do projeto instalado e sua apreciação pública devem ser enviadas para teoriaurbana@gmail.com ;
.critérios:
-qualidade da exposição;
-qualidade dos materiais;
-organização da exposição;
-participação e envolvimento do grupo.
.datas:
-um dia
ouro preto trip [2sem2007]
[filme: Sem Fôlego. Direção Wayne Wang e Paul Auster]
[filme: Edifício Master. Direção: Eduardo Coutinho]
“Não poder orientar-se em uma cidade não significa grande coisa. Mas perder-se em uma cidade como quem se perde em uma floresta requer toda uma educação. Os nomes das ruas devem então falar àquele que se perde a mesma linguagem dos ramos secos que se quebram, e ruelas no coração da cidade devem refletir para ele as horas do dia tão claramente quanto um vale de montanha. Aprendi essa arte tardiamente; ela realizou o sonho dos quais os primeiros vestígios foram labirintos sobre os mata-borrões dos meus cadernos” Walter Benjamin
.equipamentos [mochila com]:
-câmera digital [com vídeo – opcional];
-boné ou chapéu;
-garrafa de água;
-filtro solar;
-blusa de frio;
-livro de sua preferência;
-câmera de vídeo [opcional];
-gravador de som [opcional];
-mapa da cidade;
-caderneta + material escrever;
-dinheiro para alimentação;
-presente embrulhado [cada aluno deverá levar 01 presente para a casa do morador a ser dado e deixado no local].
.enunciado:
-percorra o itinerário demarcado no mapa, construa uma[s] história[s]e/ou situações com as pessoas e conte-a.
.parâmetros:
-ações [o que fazer]: entrar em contato com as pessoas que moram ou passam ao longo do itinerário e produzir histórias desse contato e sua relação com o espaço construído vivido [seja a partir das histórias dos usos de edifícios ou relacionados a intimidade, privacidade, publicidade...]. ao mesmo tempo, tal como colocado em sala de aula onde educar significa agir no mundo como homem sujeito, tal relação deve produzir novas histórias, novos contatos, novas experiências, novas situações. invada o cotidiano da pessoa e faça parte dele por alguns instantes;
-situações [onde]: muros, casas, quartos, ruas e quaisquer outros lugares onde o itinerário passar são os espaços onde se devem dar o contato entre os alunos e os moradores. Não é permitido desviar do traçado da linha de modo a facilitar a transposição dos obstáculos;
-comunicação [como documentar e relatar]: utilizando-se de anotações pessoais, memórias, lembranças, gravador de som, gravador de imagem como celulares e câmeras fotográficas digitais, vestígios materiais das casas, presentes, entre outros, o grupo deve transmitir a experiência obtida através de narrativas orais, imagéticas ou de qualquer outra natureza.
.esclarecimentos básicos:
-o importante não é a rapidez com que o percurso será terminado, mas o grau de envolvimento e a qualidade de histórias que serão conseguidas quando em contato com os moradores das casas ou transeuntes;
-as histórias podem ser colhidas e produzidas através de conversas com os moradores a partir da casa e das experiências do morador relacionados a casa, a cidade, enfim, a vida espacialmente vivida. ou ainda, a partir dos presentes levados. ou de quaisquer outras maneiras. enfim, tenha sempre em vista que o objetivo do exercício é entrar em contato, produzir uma nova história e não simplesmente recolher as que ele já tenham. para tal, construam situações;
-atenção: até mesmo o erro como a falta de conversa, a teimosia do morador, o silêncio ou .... podem ser grandes ensinamentos a respeito da possibilidade de contato entre você e o morador, localidade ou comunidades. o erro não é um problema, mas apenas um perder-se. caso se perca, ache um novo fio narrativo. seja flexível a situação por você encontrada;
-as histórias, imagens e vídeos colhidas e engenhadas pelo grupo devem ser enviadas para teoriaurbana@gmail.com ;
-o segredo é ouvir atentamente e conversar com o outro. portanto, entrar em contato;
-não seja assertivo com perguntas como: “conte uma história sobre sua casa”, como se estivesse sendo um entrevistador do IBOPE. ao conversar, fique atento com as pequenas minúcias espalhadas pelo lote ou a casa como árvores, brinquedos, arbustos, objetos, fotos, imagens entre outros e utilize-os como recortes para as conversas. não apenas recolha histórias, conte as suas também quando conversar as pessoas;
.critérios:
-qualidade da história;
-educação e respeito para com o morador e transeunte;
-descoberta e construção de histórias relevantes para a vida do morador e do turismõlogo;
-qualidade da situação criada.
.datas:
-um dia
.regras:
-não é permitido desviar do traçado do itinerário de modo a facilitar a transposição dos obstáculos;
.avaliação:
[trabalho será avaliado de acordo com o grau de interação e participação do morador local a partir da história que está sendo contada]
domingo, 25 de maio de 2008
Oceanos de cimento, florestas de concreto
[frederico canuto]
A foto é a laje de uma casa sendo usada para nadar num dia quente de verão. Coberturas molhadas para o churrasco de final de semana. Um oceano cimentado.